Oposicionistas baianos se unem para evitar confrontos

Pré-candidatos teriam entrado na corrida sucessória ao governo estadual após deputado recomendar que tucanos renunciassem a aliança
 
Com informações da Tribuna da Bahia
 
Segundo Luciano Simões, PSDB “terá a oposição mais forte do Nordeste”
(Foto: Divulgação/Assembleia Legislativa da Bahia)
 
O líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Luciano Simões, havia sugerido que o PSDB deveria deixar a vaga de vice-governador das forças opositoras para agregar outro partido componente da aliança. No entanto, para aliviar a polêmica, os pré-candidatos João Gualberto (PSDB), apontado como o provável vice, e Geddel Vieira Lima (PMDB), que disputa a titularidade da chapa com o ex-governador Paulo Souto (DEM), teriam entrado no páreo.
 
Fontes ouvidas nos bastidores afirmam que, apesar de o propósito de Simões ter sido a soma de apoios, a ideia é evitar supostas divergências entre os postulantes oposicionistas baianos para que a coesão não seja ameaçada para as eleições a serem realizadas em outubro. Conforme o parlamentar, os tucanos serão agraciados com o “supremo” da chapa pelo fato de possuir a pré-candidatura à Presidência da República, representada pelo senador Aécio Neves (MG).
 
“O PSDB já vai ser aquinhoado tendo a oposição mais forte do Nordeste, com os aliados DEM, PMDB, PSC, PTC e PV, sendo beneficiado com a cabeça da (aliança em nível) nacional. Defendo que eles cedam para que outro partido possa participar, inclusive aqueles que estão insatisfeitos com o governo. Se não entenderem, é falta de compreensão”, projetou, em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia.
 
Luciano Simões cogitou ainda a possibilidade de o Partido Progressista (PP), capitaneado na Bahia pelos deputados federais João Leão e Mário Negromonte, migrar para a órbita contrária ao governador Jaques Wagner (PT). “Caso ele (o PP) se defina pela oposição, será muito bem recepcionado”, afirmou. Os progressistas foram importantes aliados na reeleição de Wagner em 2010, indicando para vice o ex-carlista Otto Alencar, atualmente no PSD, do qual é presidente em âmbito estadual.
 
Adolfo Viana reiterou que seu partido tem colaborado na união oposicionista
(Foto: Divulgação/Assembleia Legislativa da Bahia)
 
“Busca pela unidade”
 
Em nome do PSDB, o líder da legenda na Assembleia, deputado Adolfo Viana, rebateu o posicionamento do colega peemedebista. Além disso, Viana reafirmou que os tucanos têm colaborado constantemente na união das oposições, para mais uma vez “buscar essa unidade” para o pleito sucessório ao Palácio de Ondina.
 
“Na eleição de Salvador (em 2012), o PSDB cedeu ao PV a vaga de candidato a vice (a professora Célia Sacramento), observando que o PMDB apoiava outro candidato a prefeito de Salvador (lançou o radialista Mário Kertész). Mas agora é diferente. Reiteramos nossa defesa pela participação apresentando o nome do ex-prefeito (de Mata de São João) João Gualberto”, enfatizou, em depoimento à Tribuna.

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