Operários do Imbuí e da Pinto de Aguiar cruzam os braços

Decretação da greve por tempo indeterminado foi motivada devido ao descumprimento de algumas resoluções da Convenção Coletiva do Trabalho

Com informações do portal A Tarde
 
Sistema viário do Imbuí está entre as obras que visam aprimorar a mobilidade urbana em Salvador
(Foto: Fernando Amorim/Agência A Tarde)
 
Um contingente estimado em aproximadamente 650 trabalhadores lotados nas obras de construção do sistema viário do Imbuí e Narandiba e de duplicação da Avenida Pinto de Aguiar, em Patamares, decretou, nesta quinta-feira (6), greve por tempo indeterminado.
 
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav) informou que a decisão foi tomada por conta do descumprimento, pelos consórcios encarregados da execução dos respectivos serviços, de algumas resoluções da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT).
 
Conforme o sindicato da categoria, foram apontadas irregularidades que motivaram a paralisação, como a falta de apresentação do comprovante de pagamento da cesta básica, o atraso no pagamento do salário e das horas extras dos operários, a falta de pagamento do adiamento quinzenal e das horas extras, a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) e o descumprimento das cláusulas de segurança e saúde do trabalho.
 
“O paradoxo é que a obra se propõe melhorar a qualidade de vida de milhares de soteropolitanos, mas no que tange aos direitos dos trabalhadores que são responsáveis por tal execução, a atitude é de privação social de direito, precarização das relações de trabalho e aviltamento da dignidade humana dos trabalhadores”, afirma a entidade, em nota enviada à imprensa.
 
Iniciadas em abril do ano passado, as obras do sistema viário do Imbuí e Narandiba, que contemplam viadutos e vias marginais na Avenida Paralela, integram um conjunto de iniciativas que visam equacionar os problemas da mobilidade urbana em Salvador. Segundo o Sintepav, foi aplicado um investimento da ordem de R$ 95 milhões.

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