PSDB baiano consagra unidade

Sigla realizou convenção estadual, na qual novo diretório foi eleito e presenças interpartidárias pregaram aliança das oposições para as próximas eleições

Com informações da Tribuna da Bahia e da assessoria de imprensa do PSDB-BA

Lideranças das principais legendas oposicionistas da Bahia congregaram-se na convenção estadual do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). O congresso, realizado na manhã do último domingo, 17, no Fiesta Bahia Hotel, no Itaigara, foi um estímulo à unidade pluripartidária em torno de um único programa de governo para os pleitos de 2012 e 2014. Segundo a oposição, tal estratégia alavancará a guinada nos resultados políticos e a retomada do poder em nível baiano.

Aglutinaram-se, no evento, deputados, dirigentes e representantes tucanos e dos demais partidos desafetos do governador petista Jaques Wagner – PMDB, DEM, PPS, PR e PTC. Marcaram eminentes presenças os presidentes regionais do PMDB, deputado federal Lúcio Vieira Lima; do DEM, José Carlos Aleluia; do PPS, Ederval Araújo; e do PTC, Rivaílton Pinto Veloso. Também participaram do ato os deputados estaduais tucanos Adolfo Viana e Augusto Castro, Leur Lomanto Júnior e Pedro Tavares, do PMDB, e Sandro Régis, do Partido da República (PR).

Durante a convenção, o ex-prefeito de Caldeirão Grande, no Nordeste do estado, e ex-deputado estadual Sérgio Passos foi eleito presidente estadual do PSDB, em substituição ao deputado federal Antônio Imbassahy, vice-líder dos tucanos na Câmara. A perspectiva dele no controle da sigla é pregar a manutenção da coerência, da coesão e do diálogo entre os correligionários. O nome de Passos, que os presidirá no biênio 2011-2012, foi selecionado de forma consensual, de acordo com ele próprio. Além disso, demais membros do diretório estadual do partido foram escolhidos.

Imbassahy proferiu o discurso de abertura do encontro, ressaltando a ideia unitária, aplicada ao consentimento e à concórdia entre as siglas que fazem adversidade ao governo Wagner. “Sabemos que existem soluções para os graves problemas porque passa a Bahia (...). O que precisamos é de eficiência na administração pública e vontade política”, ponderou o deputado federal, sob a justificativa de avançar nas providências básicas para o estado e para o Brasil.

Em busca de coalizão

Sérgio Passos defende a oportuna unificação das legendas adversárias à corrente administração estadual. “Reconhecemos a força daqueles que estão no poder não só na Bahia e se nós não nos unirmos vamos nos fragilizar”, esclareceu o novo dirigente tucano à repórter Lílian Machado, do jornal Tribuna da Bahia. Ele ainda frisa que a expectativa da sigla na Bahia será o progressivo apelo pelo crescimento, bloqueando a sua fragilização em todo o território estadual.

Ex-deputado federal por cinco mandatos consecutivos, entre 1991 e 2011, João Almeida é, ao lado de Imbassahy e do deputado federal Jutahy Magalhães Júnior, uma das três grandezas do tucanato baiano. Contudo, ele, que em meses anteriores era aspirante à presidência do PSDB em patamar estadual, não compareceu à convenção. Ao questionar sobre a ausência de Almeida, Sérgio Passos descartou quaisquer divergências na reciprocidade com ele.

O motivo preliminar da abstenção de Almeida, congressista notório atuante por vinte anos, são os rumores existentes nos bastidores de que ele estaria insatisfeito com o viés adotado pelas bases do PSDB na Bahia. Imbassahy, agora ex-presidente estadual do partido, rejeitou suspeitas inimizades entre ele e João Almeida. “Ele não manifestou nada em relação a isso. Inclusive, como eu e Jutahy, ele terá atribuições em nível nacional”, deduziu o parlamentar.

Jutahy, após destacar, com mérito, seu currículo no PSDB, elogiou o dirigente recém-empossado. “Sérgio Passos assume o partido merecidamente. Ele tem um grande conhecimento da realidade da Bahia e um olhar para o futuro. Está capacitado para atuar no sentido de fortalecer a unidade entre as diversas forças políticas que formam a oposição na Bahia”, gratificou.

Antônio Imbassahy, após abdicar do comando do diretório baiano, enfatizou que a convenção tucana em âmbito estadual transcendeu as metas inerentes à união das siglas opositoras ao governo Wagner. Tônica dominante no encontro, a formalização da coalizão oposicionista interpartidária, conforme o vice-líder do PSDB na Câmara e seu ex-comandante regional, será cada vez mais coesa, convincente e consistente.

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