Protestos fazem universidades paralisarem

Funcionários e estudantes de instituições estaduais de ensino superior da Bahia suspendem suas funções, posicionando-se contra gastos no orçamento

Com informações de A Tarde Online

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) decidiu, nesta segunda-feira, seguir o rastro de outra instituição estadual de educação superior, a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), rebelando-se declaradamente contra o Decreto 12.583/11. Professores, servidores e estudantes da Uefs estão paralisando suas funções em virtude do protesto, atitude introduzida na última sexta-feira, dia 8, pela universidade do sul da Bahia.

Baixado em 9 de fevereiro deste ano pelo governador Jaques Wagner (PT), o Decreto 12.583/11 restringe os gastos orçamentários das universidades estaduais, proíbe a liberação de docentes para mestrado, doutorado e especialização e veta a contratação de docentes temporários.

Os professores da Uefs, com o apoio de técnicos administrativos e de estudantes, suspenderam na semana passada suas atividades por um dia. Por isso, organizaram em Salvador um ato público em frente ao edifício da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (Cab). “O governo costuma marcar reuniões que não geram resultados e que muitas vezes são desmarcadas em cima da hora. Já tivemos muita paciência e compreensão. Agora, queremos a resolução imediata dos problemas”, queixa-se o coordenador da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), Jucélio Dantas.

Uneb poderá se juntar

A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) poderá integrar-se ao movimento, reivindicando a revogação do decreto e equacionando, de maneira urgente, os problemas que afetam a instituição. O diretor da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), o professor do curso de Ciências Biológicas Francisco Hilder Magalhães e Silva, é um dos defensores da reivindicação, idêntica à das outras universidades estaduais - Uefs, Uesc e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

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