Previna-se do mau hálito

Também conhecido como halitose, o mau hálito crônico atinge mais de 90 milhões de pessoas no mundo

Mais de 90 milhões de pessoas no mundo inteiro são afetadas por um incômodo que atinge a boca, a halitose ou mau hálito crônico. Conceitua-se halitose como a exalação de odores desagradáveis provenientes da cavidade bucal ou do estômago pela respiração. A saburra lingual, massa esbranquiçada ou amarelada na qual resíduos alimentares e bactérias são retidos na língua, é a causa majoritária do problema.

O mau cheiro, sintoma característico do problema provocado pela falta de cuidados rigorosos com a higiene bucal, origina-se geralmente da decomposição dos resíduos de alimentos presentes na superfície dental e da proliferação de bactérias na boca. Alimentos ligeiramente condimentados, como aqueles à base de alho, cebola ou pimenta, também podem causar o mau hálito.

Para prevenir esse inconveniente, recomenda-se usar corretamente o fio dental e escovar os dentes e a língua com movimentos suaves. Além disso, os consumos frequentes de água e de gomas de mascar ou chicletes sem açúcar auxiliam a reduzir a incidência de halitose.

Limpe bem a língua

Microscopicamente, a língua é constituída por milhões de filamentos que agem como uma armadilha para a deposição de partículas alimentares e bactérias. Escovas dentais e até pontas de colher podem ser utilizadas para limpar a língua, mas é altamente recomendável usar o limpador, específico para essa função.

Depois de utilizar o limpador, é preciso limpá-lo na íntegra para evitar o mau hálito. Os bochechos com água, chás (como os de malva) e antissépticos bucais ajudam temporariamente a minimizar o odor, pois somente o mascaram.

Os principais métodos eficientes para amenizar o mau hálito crônico são o emprego de chicletes sem adição de açúcar, de preferência com sabor de canela, e o hábito de beber bastante água.

A saliva combate a halitose, pois ela lubrifica a boca junto com as enzimas inibidoras de resíduos de alimentos e bactérias. Portanto, o fenômeno da xerostomia, popularmente conhecida como "boca seca", induz a pessoa a apresentar problemas no hálito. Quando as pessoas acordam de manhã após o sono, elas apresentam mau hálito em consequência da produção de saliva em patamar baixo.

Chicletes sem açúcar melhoram hálito

A produção de saliva é intensificada pelo consumo de chicletes sem açúcar. Balas e pastilhas com saborizante de hortelã ou de menta, por exemplo, atuam com exclusividade como um escudo instantâneo e temporário do mau odor bucal. Uma ótima alternativa para melhorar o hálito é a mastigação de chicletes adoçados com xilitol, um edulcorante natural substituto da sacarose, o açúcar comum. O xilitol estimula o aumento da salivação e o cancelamento da reprodução bacteriana na boca.

Diferentemente dos outros sabores, como hortelã e menta, que apenas mascaram a halitose, os chicletes sabor canela possuem eficácia comprovada contra ela, informa uma pesquisa recente divulgada nos Estados Unidos. Um ingrediente incluído no saborizante reduz aparentemente o teor de bactérias encarregadas da putrefação dos restos alimentares. O uso de chicletes sabor canela sem açúcar é preferencial.

Quando uma pessoa envelhece mais, cresce a tendência de ela tornar-se desidratada. O consumo abundante e excessivo de água é benéfico, colaborando na redução dos níveis de bactérias decompositoras.

Carboidratos previnem halitose

A realização de dietas alimentares com baixo teor de carboidratos pode aparecer probabilidades de halitose. A maneira mais eficaz de preveni-la, nesse aspecto, é a ingestão de alimentos enriquecidos em carboidratos, como os pães, as massas, os bolos, os biscoitos e os tubérculos ou raízes (aipim, mandioca ou macaxeira, batata, inhame, mandioquinha ou batata-baroa, etc.).

Se a escova dental não atingir toda a superfície da boca, inclusive a língua, a utilização de um aparelho, o irrigador oral, pode ajudar as pessoas que sofrem de mau hálito. O irrigador limpa a gengiva e as regiões interdentais, banindo a formação do mau cheiro através de resíduos alimentares e da interferência bacteriana.

Eventualmente, especula-se que o mau hálito crônico pode ser um sintoma elencado a uma patologia, como insuficiências renal e hepática, diabetes, constipação intestinal ou prisão de ventre e infecções. Uma consulta médica ou odontológica poderá equacionar a halitose, se o problema persistir.

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